sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Seja bem-vindo, Rafael


Caro Rafael Marques,

Não nos conhecemos pessoalmente, mas tenho a impressão de que nossa relação não é das melhores.

Quero que você entenda que apareceu em um momento conturbado. Sei que não foi sua intenção, mas sua chegada coincidiu com a saída de um ídolo de personalidade e um dos líderes e artilheiros da equipe.

É fato também que suas atuações não foram das melhores. Falta de ritmo, de adaptação, entrosamento ou simplesmente falta de sorte mesmo. Mas a verdade é que os gols não saíram e a torcida pegou no seu pé.

Da mesma forma, essa situação é resultado da implicância da nossa torcida com o treinador Oswaldo de Oliveira, que foi quem indicou sua contratação. Muitos vão dizer que isso não deveria ter relação nenhuma, mas infelizmente a “opinião pública” nem sempre, ou quase nunca, é coerente.

Pouco tempo atrás foi feito um abaixo-assinado pela sua saída do Botafogo. Discordei muito dessa atitude e, mesmo não tendo visto em campo motivos para defender sua permanência, não acho que as coisas devam ser tratadas dessa forma.

Realmente acredito que faltaram oportunidades pra você, da mesma forma que nas poucas que você recebeu, não conseguiu realizar grandes atuações.

Parece que está chegando a hora de uma nova oportunidade. Novamente acredito que uma partida é muito pouco para mudar uma história, mas acho que tudo tem um começo e o próximo jogo pode ser o início da sua virada no Botafogo.

Não peço gols, nem a vitória. São objetivos consequentes do trabalho de toda equipe e devemos sempre lembrar que há um adversário tentando justamente impedir que se chegue lá. O que peço a você é muito empenho, luta e respeito ao Botafogo. Acredito que são os primeiros passos pra que essa relação possa ser benéfica para todos os envolvidos.

É possível que essa história não fique marcada como uma das maiores paixões das nossas vidas, nem das nossas e nem da sua, mas gostaria muito que no futuro a gente pudesse lembrar com respeito e gratidão pelo que cada um fez pelo outro.

Boa sorte e seja, finalmente, bem-vindo ao Botafogo.

domingo, 17 de junho de 2012

Drive



Há muito tempo quero escrever sobre cinema e sempre falta tempo.

Como tudo que escrevo aqui, não vou me prender a detalhes técnicos, até mesmo pelo fato de que não tenho conhecimento suficiente pra isso. Vou falar como expectador. Somente a minha opinião e nada mais.

O fato de estar preso em casa por estar me recuperando de uma cirurgia no joelho, me ajuda bastante a ver filmes e mais filmes e vou aproveitar esse momento pra dar início a resenha.

O primeiro filme não é nada especial e não gostei, pra ser sincero. "Drive" conta a história de um cara que se divide em dublê de cenas perigosas com carros em filmes, mecânico e piloto de fuga.

Ele entra numa roubada pra tentar ajudar ao marido da vizinha, por quem ele fica amarradão. Só podia dar confusão, né?

Fato é que na minha opinião o roteiro é fraco, uma historinha pra lá de previsível demais. As atuações também são pouco expressivas com a direção abusando de silêncios e frases secas para criar uma aura de mistério e um certo charme ao piloto, que não convence.

Tem cenas fortes de violência e por conta disso li críticas que cometeram o sacrilégio de compararem com Tarantino. Pensei que fosse piada.

Pra completar, descobri que o diretor Nicolas Wind Refn levou a Palma de Ouro em Cannes 2011 vencendo Lynne Ramsay, diretora de "Precisamos Falar Sobre Kevin". Ponto positivo pro filme, mas que sinceramente não entendi.

Assisti em DVD e dublado, o que certamente prejudica a avaliação. Também tenho muita implicância com filmes duração menor que 100 minutos. De qualquer forma, essa foi minha visão do negócio. Queria muito saber outras opiniões.

Pra quem quiser se arriscar, segue a ficha:

Título original: Drive
Diretor: Nicolas Wind Refn
Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Albert Brooks, Ron Perlman
Gênero: Drama
Duração: 100 min.
Ano: 2011
Data da Estreia: 02/03/2012
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
País: EUA

domingo, 13 de maio de 2012

Dia das Mães com Dolly!

Seja com pessoas, seja com animação, o Dolly Guaraná continua insuperável.

Parabéns, mãe!

Momento de fazer história

Útlima vez que o Botafogo marcou 3 gols contra o Flu: 6 de fevereiro de 2011 - Botafogo 3 a 2 (Campeonato Carioca - Taça GB)

Última vez que vencemos por 3 gols de diferença: 2 de outubro de 2004- Botafogo 4 a 1 (Campeonato Brasileiro)

Última vez que vencemos por 4 gols de diferença: 17 de abril de 1999- Botafogo 4 a 0 (Campeonato Carioca – Taça GB)

É... chegou mesmo o momento de fazer história

Dia das Mães

Hoje é Dia das Mães e considero esse tipo de invencionice comercial um tanto chato. Digo isso sobre o Natal, aniversários, dias disso e daquilo.

Naturalmente essas datas acabam tendo um papel social importante ao agendar instintivamente um momento para que as famílias e amigos reúnam-se para celebrar o que quer que seja.

A grande questão é que em muitos desses momentos as pessoas deixam de lado os problemas, as falhas, as mágoas para confraternizar e imaginar um mundo sem desavenças.

Muitos dirão que esse é o grande espírito, e eu vejo que realmente seria maravilhoso se conseguíssimos manter essa energia. Mas a grande questão é que poucas horas após o grande encontro, as pessoas voltam a sua velha maneira de se relacionar e o encanto se quebra.

Proponho manter a cordialidade, o amor, o respeito e a compreensão que se estabelece em momentos como o dia de hoje ou então que se mantenham as posições que imperam ao longo do ano. Só não consigo gostar do clima carnavalesco, quando cada um coloca sua fantasia, sua máscara, e participamos de um grande baile. Um enorme espetáculo que faz com que cada um interprete aquilo que se espera.

Parabéns para minha mãe, já que o dia é dela. Não por hoje, mas por sempre. Por todas as qualidades e defeitos que a fazem ser única e que, não importa quando, fazem com que eu a respeite e a ame, mas que também discorde também quando assim entender que deva ser.

Parabéns para todas as mães. As boas e ruins. Sim, pois existem mães que não são boas. Ah, mas será pecado criticar uma mãe? Pra mim não.

Pelo orgulho de torcer


Sabe o que é mais triste? Assistir ao jogo de hoje com pouquíssima, pra não dizer nenhuma, esperança que o Botafogo possa reverter o resultado da primeira partida da final do Estadual contra o Flu.

Ganhar ou perder faz parte do esporte. Mesmo que você perca mais do que ganhe. O grande barato é a busca, a luta por vencer. Se não fosse dessa forma, todos torceríamos pro time que sempre vence, e como isso não existe, virar casada seria prática comum.

A derrota contra o Vitória, mais uma vez, não foi o que mais doeu. A maneira apática, sem força, sem sangue é o que machuca.

Hoje não me importa ver o Botafogo campeão. Não é mais o que está em jogo. Quero ver o Botafogo digno da sua história, da sua torcida e de sua tradição.

Quero aplaudir o time ao final do jogo, mesmo que não venha o título, não venha a virada ou mesmo a vitória.

Quero ter orgulho de vestir a camisa alvinegra e mesmo que não possa gritar “é campeão”, eu possa cantar que sou Botafogo.