domingo, 31 de julho de 2011

A volta do Loco

Infelizmente não pude acompanhar a partida de ontem contra o Cruzeiro já que compromissos juninos, ou melhor, julhinos, não me deram acesso a uma TV. Sendo assim, acompanhei a vitória botafoguense via Twitter e pelo querido e insuperável radinho.

Como não vi o jogo, não posso comentar a atuação da equipe. Porém, uma vitória contra o Cruzeiro, ainda mais fora de casa, representa muito e dá moral pro time e pro nosso inventivo treinador.

Pelos lances que assisti e por comentários de quem viu o  jogo, é evidente a falta que o Loco faz ao Botafogo, e faria a qualquer time. É um jogador vencedor, que sabe o que quer e o que é preciso fazer, tem postura e garra. Falei só dos benefícios motivacionais para a equipe, pois taticamente a volta do Loco dá ao Botafogo uma cara muito mais decente.

Com a presença do artilheiro, Herrera pode jogar numa posição mais adequada, Elkesson e Maicosuel ficam mais soltos e principalmente temos uma presença de respeito dentro da área, que segura e preocupa os zagueiros adversários. Sem contar na opção da bola aérea.

Esse lance da "moral" que o atacante tem, faz muito sentido. Cansei de ver o Romário pegar algumas bolas e partir pra cima dos zagueiros, que quase saiam correndo, ao invés de tentar parar o atacante como fariam se fossem um outro qualquer. Longe de mim querer comparar Romário com Loco, nem as características lembram um ao outro, mas tenho certeza que vocês entenderam o exemplo.

Jogadores como Loco Abreu fazem uma diferença gritante no futebol brasileiro, já que nossos principais nomes disputam os grandes torneios europeus e mundiais - inclusive com a seleção - por times do exterior. Essa realidade, nos deixa com uma série de bons jogadores, promessas, ou mesmo jogadores mais experientes, mas que não sabem o que é vencer ou disputar grandes partidas.

Nesse cenário carente de experiências vitoriosas, Ronaldo - mesmo pesado - foi campeão da Copa do Brasil e Paulista com o Corinthians, e Adriano - apesar de tudo - e Pet - com o peso da idade - carregaram o Fla no Brasileiro 2009. São muitos os exemplos se pararmos para avaliar as equipes brasileiras que se destacaram nos últimos anos.

Voltando ao jogo, ontem também tivemos a volta do Cortês, que certamente deu mais força ao nosso lado esquerdo e contribuiu pra nossa vitória. Essa malandro tem tudo pra arrebentar. Já vinha jogando bem, quando se machucou. Vamos torcer pra se firmar agora.

Próximo jogo é contra o Figueirense, também fora. Uma vitória nos coloca novamente com confiança e respeito frente adversários, imprensa e torcida. Devolve também a tranquilidade ao nosso treinador, que passou por um período de grande pressão. Espero que ele aproveite esse calmaria pra organizar o time definitivamente e engrenar de vez.

Não podemos vacilar. Vamos em frente!


SOBRE O RESTO

Agora a disputa pelo Brasileirão virou uma espécie de Torneio Rio X São Paulo, com Corinthians, Fla, São Paulo, Palmeiras, Vasco e Botafogo ocupando as 6 primeiras colocações.

As baixas no grupo são justificáveis. O Santos está se preparando para a disputa do Mundial, e o Flu ainda não pagou a Série B.

Uma graça a declaração do jogador Marquinho, do Flu. Na semana passada, declarou que o ninguém gosta do Engenhão. Não vou entrar no mérito da questão, mas acho um absurdo o Flu permitir que seus atletas falem algo do tipo. Os caras gastam uma grana pra jogar lá, o estádio realmente não recebe bons público, e aí vem o gênio e manda esse super incentivo. É pra matar, né?

E a entregada do Victor, hein? Esse é melhor que o Jefferson, Mano? Será ainda o trauma de 1950?

Acabei de falar da "moral" de alguns jogadores e o "terror" que causam no adversário. Certamente o Victor entendeu o que eu quis dizer. Duvido que rolaria uma entregada daquelas pro Jael.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vitória sem sabor

A vitória de ontem contra um dos lanternas confirmou pra mim o fato de que nosso treinador Caio Júnior gosta de dificultar a sua própria vida.

Levamos um gol com menos de 10 minutos de jogo, conseguimos virar ainda no primeiro tempo e viemos para o segundo tempo dispostos a ceder o empate a qualquer custo.

Não bastasse o setor defensivo totalmente confuso, em função dos desfalques, nosso comandante queimou 3 substituições em sequência.

Acho realmente que o time não estava bem e precisava de força e organização ofensiva. Mas Maicosuel, em função do gol, poderia ter permanecido em campo. A entrada do Felipe Menezes não aconteceu. Quer dizer, ele entrou em campo, mas não tocou na bola.

Porém, antes que essa mudança pudesse surtir algum efeito, ele entrou com Alex no lugar do Herrera! O cara tirou os dois jogadores que fizeram os gols, enquanto seus pares – Alexandre Oliveira e Elkesson – estavam jogando tão pouco quanto eles. Isso despertou a ira da torcida, e só desgasta mais a relação com Caio Júnior. Ou ele é muito ingênuo ou gosta de criar esse tipo de situação.

A entrada do Alex não mudou muita coisa, até porque, na minha opinião, o problema era no meio. A bola não chegava no ataque e quando chegava, não ficava.

A essa altura do campeonato, cerca de 30 minutos, restava apenas uma substituição ao Botafogo, a equipe vencia, não pressionada mas também não levava grandes sustos, já que o time do Avaí jogava nada também.

O que nosso treinador faz, depois de ter jogado profissionalmente, estudado, treinado outras equipes… ele queima a terceira substituição! Caio no lugar de Alexandre Oliveira. Mais uma substituição no ataque, aonde a bola não chegava. A última substituição, que poderia ser importante no caso de uma expulsão, uma lesão… Mas não. Caio Júnior, acho, se considerou super ousado e trocou o atacante.

Só pra registrar… eu não me lembro do Caio mudar o panorama de uma partida desde o Carioca 2010. Aquele jogo contra o Grêmio, que dizem que ele e o Cidinho mudaram o panorama, pra mim foi uma tremenda coincidência, mas tudo bem.

Bom, pra concluir a história, em poucos minutos o cara se machucou e o Botafogo ficou com 10. Se isso acontece num time treinado por um cara que está começando no futebol, eu aceito. Mas não é o caso. Nosso treinador tem, ou deveria, ter mais experiência para “ler” o jogo. Ou seria mais inteligência?

Sinceramente não consigo entende o raciocínio do comando do nosso futebol. Vencemos, e isso nunca é ruim. Ninguém vai me ver torcendo contra o Botafogo. No final, fica a sensação de uma vitória frágil, sem sabor. E a certeza de que no próximo jogo continuaremos com os mesmos problemas.

Realmente está difícil acompanhar as ideias do técnico alvinegro.
É, talvez o problema seja eu.


SOBRE O RESTO

- Flamengo ontem mostrou raça, vontade e talento pra virar um jogo perdido contra o Santos, que teve Neymar jogando um absurdo.

- Acho que a defesa do Santos foi uma mãe, basta ver o quinto gol do Fla. Mas a persistência da equipe do Luxa merece destaque.

- São Paulo abriu 4 na frente do Coritiba, que correu e fez 3. Mais um exemplo de vontade de vencer.

- Há quanto tempo não vemos essa vontade num time do Botafogo?

- E o André chegou e já meteu gol. Mania dessa molecada querer jogar nesses países esquisitos. Até quando?

- Se faltava só 30% pro Flu estar no ponto, a briga vai ser pra fugir da segundona, né Abelão?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Partida decisiva

E lá vamos nós para mais uma partida desse Campeonato Brasileiro. Seria meio repetitivo dizer que é uma partida decisiva para o Botafogo, afinal todas as partidas são igualmente importantes numa competição por pontos corridos.

Mas o que torna essa partida tão decisiva, não é á pontuação do clube, e sim a postura dele dentro e fora de campo.

Dentro de campo, vamos com uma escalação que não é a ideal na minha opinião. Se na zaga não temos opções, na lateral e na frente é um pouco diferente.

Com a formação pretendida pelo Caio Júnior, teremos Alessandro na lateral. Simplesmente nao vou discutir esse assunto. Afinal de contas, Alessandro conseguiu ser titular com todos os treinadores. Alguma coisa ele deve ter de muito bom. Só acho que o Lucas teve alguns lampejos, nas poucas participações, que justificariam uma tentativa dele como titular.
Muitos poderão dizer que ele foi mal na partida que entrou contra o Atlético-GO. Mas peraí, companheiro! Ele entrou de meia ou ponta direita. Sei lá qual foi a posição. Acho que ele mesmo não sabia. Provavelmente o próprio Caio Júnior não entendeu o que quis fazer naquele jogo.

Também vou dar meus pitacos no ataque...

Não conheço o Alexandre Oliveira e pelo pouco que pude ver, não me parece craque. Se não é craque, é igual aos outros. Se é igual aos outros, prefiro o Alex, que já conheço e com poucas participações meteu dois belos gols.
Aliás, não é só pelos gols que Alex merece uma chance. Sempre que entra, ele agita o time com raça, vontade, determinação e vontade de fazer gol. Isso deveria ser padrão para qualquer jogador, mas no futebol de hoje, e principalmente nesse Botafogo, sinto muita falta disso.
Além dessas características, tem o fato de ser da casa. E aí me surpreendo quando nosso técnico diz que não quer botar o garoto pra não queimá-lo. Ué... vamos entender bem. Em um momento ele diz que está lançando jogadores da base, que isso é bom pro Botafogo etc e tal. Aí quando tem a oportunidade de lançar um garoto numa posição realmente carente no time, ele não faz. Sem contar que as atuações do Alex foram melhores do que todos os outros jovens a base que jogaram ao longo do campeonato, incluindo o Caio.

A questão é que, seja Alexandre Oliveira ou Alex, eles tem que jogar dentro da área, posição do matador clássico. Não adianta jogar fora da área. Facilita muito pra zaga e fica aquele jogo de "cerca lourenço" com o Botafogo rondando a área adversária, boa posse de bola, mas sem dar um chute, sem assustar o goleiro, sem preocupar o zagueiro...

Mas para que isso aocnteça, é necessário movimentação no meio. Maicosuel e Elkesson são bons jogadores, rápidos, habilidosos, inteligentes, chutam bem, mas ficam a quilômetros do gol e marcando aquela posição estabelecida pelo Caio Júnior. Seja ela pela direita, meio ou esquerda, quando são posicionados, não saem mais de lá. É o sonhe de qualquer zagueiro.

Se vocês derem uma olhada nas autações do Maicosuel, vão perceber que os melhores momentos dele são quando dá uma escapada do sistema quadrado do "professor". Quando ele joga solto, flutuando pelo campo.

Se nossos meias jogarem soltos, o Herrera abrir e o Alexandre Oliveira jogar na área, temos chance. aso contrário vai ser complicado, afinal de contas nossa zaga e volantes nunca jogaram juntos e nosso sistema defensivo, que já não funciona bem,  pode se complicar mais ainda.

Mas no início do texto eu falava da postura do Botafogo dentro e fora de campo. Pra dentro, tá tudo falado aí, mas pra fora acho importante que a diretoria avalie justamente essa postura, essa atitude do time dentro de campo. O resultado, nesse momento, é menos importante que a forma com que o time vai jogar. Se continuarmos duros dentro de um esquema, com alterações que não fazem o menor sentido (tipo entrar o Somália pra gente tentar virar um jogo) e sem ameaçar o gol adversário, acho que definitivamente nosso técnico Caio Júnior precisa ser questionado.

Uma vitória não pode continuar mascarando um time sem força no ataque e confuso da defesa. Os desfalques não podem ser justificativa para atuações ruins.

Vamos com tudo não só pela vitória, mas em busca de um time. Coisa que até agora não conseguimos formar.

Botafogo x Avaí
Quarta-feira - 27/07/2011
Engenhão - 19h30

Botafogo: Jefferson, Alessandro, João Filipe, Gustavo e Márcio Azevedo; Léo, Renato, Maicosuel, Elkeson e Alexandre Oliveira; Herrera.

Avaí: Felipe; Welton Felipe, Bruno e Dirceu; Daniel, Batista, Pedro Ken, Fabiano, Cleverson e Romano; William

terça-feira, 26 de julho de 2011

#foracaiojr

Semana passada, no intervalo do jogo contra o Corinthians, eu me aborreci definitivamente com o Botafogo. Comecei uma campanha no Twitter copm a hastag #foracaiojr.

Não quero dizer com isso que eu sou o grande responsável pela insatisfação da torcida, já que ao final do jogo, os que estavam em São Janú, gritaram o nome do Cuca, como forma de protesto.

Assim como eu, milhares de outros torcedores também manifestaram sua insatisfação via Twitter, Facebook, janela de casa e por aí vai.

Queria dizer algumas coisas importantes, antes que me julguem mal. Sou totalmente favorável que um técnico de futebol tenha tempo pra desenvolver seu trabalho e acho realmente que essa atual diretoria do Botafogo está fazendo um trabalho muito legal.

No entanto, sou a favor de que se reconheça um erro e que se faça o possível para corrigí-lo o quanto antes. Não é sinal de incompetência, mas mostra coragem e determinação para buscar sempre o melhor.

No caso do nosso atual técnico Caio Júnior, confesso que não me animei muito com sua contratação. O discurso dava pinta de que tentaria colocar o time de uma forma diferente da que o Joel vinha trabalhando e reconheço que já tinha dado o que podia.

Mas o primeiro erro, na minha humilde opinião, foi tentar armar um time num esquema sem ter jogadores com capacidade para desempenhá-lo da melhor maneira. Lógico que o elenco fraco, naquele momento, não tinha responsabilidade do treinador, mas o desenho tático sim. Com isso, fomos eliminados da Copa do Brasil pelo modesto Avaí e sequer disputamos as semi dos Carioca.

Ainda nesse momento, eu acreditava que Caio Júnior precisava de tempo para trabalhar, para pensar, para conhecer os jogadores melhor. Após as eliminações, o Botafogo passou a treinar. Treinou, treinou e treinou. Tempo mais do que suficiente para o treinador conhecer o grupo, identifcar pontos fracos e fortes e se organizar para equilibrar o time.

Mas o fato, a realidade, é que, após tanto treinamento, o Botafogo estreiou no campeonato perdendo pro Palmeiras em São Paulo. Poderia ser um resultado normal, se não fosse a atuação ridícula do time.

Ao longo do campeonato nós conseguimos algumas boas atuação e resultados, mas ainda muito aquém da expectativa. Principalmente pelo fato de que contamos com um elenco bastante razoável e com peças de reposição.

E é nesse momento que chego a partida contra o Corinthians.

Ao longo da semana, Caio Júnior inventou Lucas Zen como lateral esquerdo e posicionou o verdadeiro lateral como meia. Treinou assim ao longo de mais de uma semana e na véspera, resolve colocar o Caio no lugar do Marcio Azevedo. O resultado é que o Caio não funcionou na direita, o Maicosuel não funcionou na esquerda, o Lucas Zen na lateral não existiu... na verdade, nada funcionou.

Aí, no segundo tempo, nosso treinador coloca o Marcio Azevedo, lateral de origem, na vaga do Zen, que estava improvisado. Numa boa, não da pra entender nem essa, nem outras. Mas também não quero me alongar mais nesse assunto.

Infelizmente não pude assistir a partida contra o Atlético Paranaense, mas o fato de tomar dois gols de um time que não ganhou de ninguém no campeonato, por si só, já demonstra que algo está bastante errado.

Por fim, não acredito realmente mais no Caio Júnior. Não quer dizer que o Cuca seja a solução.

Mas agora, mais importante que isso tudo, é que vou me aproveitar desse espaço aqui pra fazer alguma coisa pelo meu time de coração.

Vamos em frente. Amanhã temos mais uma batalha.

Um abraço!

Pra começo de conversa

Em 1989 o Botafogo vencia um campeonato após 21 anos. É a minha primeira lembrança real de futebol e na época eu tinha 8 anos.

Pode ser que alguns considerem tarde, mas a verdade é que minha memória não é das melhores e além disso, a lembrança de um título como esse, tão marcante, apaga qualquer outra lembrança menos feliz.

Logo que o atual Presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, assumiu o cargo, tive oportunidade de conversar com ele e me coloquei a disposição pra ajudar o clube.

Como todo garoto que gosta de futebol, queria ser jogador, mas também sempre pensei em omo o Botafogo poderia se destacar...

Acabou que nada rolou e até algum tempo depois, através de outros caminhos, prestei um serviço ao Botafogo. Mas infelizmente acabou não acontecendo em outras ocasiões... mas falo disso em outro momento.

Fato é que ainda me pergunto como posso ajudar o clube.

De algum tempo pra cá tenho sentido cada vez mais vontade de participar, de ajudar, de contribuir de alguma forma com o meu clube de coração. Minha vontade de escrever sobre o assunto cresceu e começo a partir de hoje com esse blog que resolvi chamar, até por falta de opções disponíveis, de Coluna Botafogo.

Aqui voou falar sobre tudo que me der na telha e que envolva, naturalmente, o clube que tem o escudo mais lindo desse Sistema Solar.

Vamos em frente, Fogão!