sábado, 24 de setembro de 2011

Grande Momento

Como acredito que grande parte do desempenho no futebol é reflexo da parte psicológica, a vitória contra o Grêmio teve importância muito maior que os 3 pontos. Com ela chegamos a terceira posição com um jogo a menos e podemos acreditar de fato que é possível, uma coisa que sempre é negada aos alvinegros.

O fato de quebrarmos um tabu que já levava m ais de 15 anos, e da forma como foi, faz com que os jogadores acreditem que realmente podem fazer mais. Que de alguma forma são especiais e vivem um momento "abençoado". Não jogamos bem e não perdemos por culpa do Grêmio que foi muito incompetente, mas dizem por aí que a sorte acompanha os campeões, né?

Pra completar vencemos fora de casa, acabando com uma situação que estava refletindo no desempenho do time, visivelmente tenso nas partidas.

Hoje, jogadores e torcida acreditam realmente que é possível. A última vez que isso aconteceu, na minha opinião, foi em 2007, quando lideramos o Brasileiro durante algum tempo com um belíssimo futebol. Aquele time comandado pelo Cuca, que tinha Joílson, Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio e Jorge Henrique, entre outros, nos fez acreditar que era possível.

Naquele ano, perdemos o primeiro Estadual da série de 3 para o Fla, com um erro absurdo da arbitragem quando Dodô marcou o gol que nos daria o título aos 44 do segundo tempo. Foi marcado impedimento e ele foi expulso. Perdemos logo depois nos pênaltis.

Mas o time era bom e passamos por cima disso. Fomos bem na Copa do Brasil e perdemos na semi-final para o Figueirense. Nem preciso contar essa história, né? Erro do goleiro Júlio César e lances polêmicos da arbitragem, que culminaram com o afastamento da bandeirinha Ana Paula Oliveira.

Na Sulamericana, depois de vencer o River Plate no Engenhão lotado, fomos pra Argentina e começamos vencedo. A classificação era nossa até 40 minutos do segundo tempo, se não me engano. Levamos uma virada inacreditável e fomos eliminados.

Pra completar, voltando ao Brasileiro, lideramos 11 rodadas no primeiro turno e no último jogo, um jogo em atraso, enfrentamos o São Paulo no Maracanã. Era uma quarta-feira, e tinha muita gente. Perdemos o jogo, a liderança para o próprio São Paulo na última rodada do turno, e depois disso "abandonamos" o Brasileirão.

O ano de 2007 é emblemático, pois talvez tenha sido o melhor ano do Botafogo ao longo de todo século XXI. Mas ao Botafogo não é permitido sonhar e, portanto, o melhor ano do clube se transformou na maior decepção, refletindo certamente nos funcionários do clube, jogadores e principalmente na torcida, que parece não se permitir sonhar.

Ano passado vencemos o Carioca contra o Fla com a cavadinha do Loco e o Jeff pegando pênalti. Brigamos por Libertadores até a última rodada. Talvez, por não nos acreditarmos merecedores, ficamos sem a vaga.

Mas o grande momento é agora. Novamente o São Paulo, um adversário sempre difícil e que luta, mais uma vez, diretamente contra nós pela ponta da tabela. Meu ingresso já está garantido como em todos os jogos desde o Fluminense. Realmente acredito que podemos sonhar e me parece que o time também. O Engenhão - ou Stadium Rio... vá lá - lotado contra o Ceará, me mostra que não sou o único.

A convocações do Jeff, e agora do Cortês e do Elkeson, voltam a devolver o status de grande time que o Botafogo sempre teve e que insiste em tentar perder. Há muito tempo não vivemos algo tão positivo. Vale lembrar 95 quando Tulio, Donizete, Sergio Manoel, Beto e até Iranildo foram convocados?

É muito importante a torcida comparecer e incentivar o tempo todo. Mas é muito importante também a vitória, que nos colocará, minimamente, na segunda colocação e que. acima de tudo, nos dará a certeza de que temos sim o direito de sonhar e ir além.

Pra cima deles, Fogão! Nos vemos lá.

domingo, 18 de setembro de 2011

Dia de Clássico

Na última coluna, domingo passado, falei sobre o sacode que levamos do Coritiba. Foi barra pesada mesmo. E entre algumas observações, considerei um erro a escalação do Everton na vaga do Mago.

Somente após o jogo, avaliando melhor os lances, senti a escalação foi um erro. Não tinha pensado nisso antes do jogo, mas depois percebi que perdemos o meio, já que o Everton  é um jogador que atua como ala, muito aberto, e não havia entrosamento suficiente com o Cortês pra que um viesse pelo meio pra construírem as jogadas ofensivas e defensivamente, naturalmente, perdemos na primeira linha de marcação.

Porém, pra minha surpresa e alegria, ao longo da semana nosso treinador deu indicações que utilizaria o F.Menezes na vaga do Elkeson. Realmente acredito que é a melhor solução.

Essa mesma escalação já teve boas atuações. Com F.Menezes temos justamente um jogador pra fechar um pouco mais o meio e que pode distribuir bem a bola, aproveitando as arrancadas do Maicosuel e o apoio dos laterais.

É verdade que ele é um jogador lento, mas tem bom chute e visão de jogo. Essas características fazem com que ele seja muito mais um jogador de início de jogo, do que de segundo tempo. Enquanto alguns jogadores só conseguem boas atuações entrando no decorrer da partida e incendiando o jogo, o F.Menezes precisa começar pra render bem. Quando entra na segunda etapa, por ser mais lento e cadenciado, demora a esquentar e normalmente erra muito. Vamos torcer pra essa baboseira toda que passa pela minha cabeça faça algum sentido.

Voltando ao Everton, muitos podem afirmar que o ele entrou bem contra o Ceará, fazendo inclusive cruzamentos para 2 gols. Mas temos que lembrar também que ele entrou na vaga do M.Azevedo, fazendo a lateral, ou seja, não sentimos a abertura da nossa meiúca.

Pra completar os ingredientes que certamente farão do Clássico de hoje mais uma partida tensa entre Bota e Fla, tivemos as vitórias de São Paulo e Vasco por goleada ontem, abrindo distância na ponta da tabela.

Vale o destaque para o Vasco que meteu 4 no Grêmio. O São Paulo venceu pelo mesmo placar, porém o adversário era bem mais fraco, o Ceará.

Pelo lado do Fla, sinceramente não sei o que pensar. O time não vence a 8 partidas, mas de fato não mergulhou numa crise. A semana foi conturbada por conta dos problemas entre Zico, Luxemburgo, Capitão Léo e cia. Nesses momentos o Fla costuma realmente se superar, mas confio que vamos fazer vale nosso melhor futiba no momento.

Já estou me preparando pra partir pra Engenhoca. Quem quiser que venha comigo.




domingo, 11 de setembro de 2011

Dias e dias

Tem dias em que tudo da certo. Foi o que aconteceu na última quarta-feira quando fui ao Stadium Rio assistir a goleada que metemos pra cima do Ceará com o estádio lotado. O time jogou muito bem, a torcida lotou o estádio, belos gols, grandes jogadas e por aí vai. É aquele típico dia quando tudo da certo.

Hoje é mais um dia. Só que é um dia daqueles que tudo sai errado. Farei alguns comentários sobre esse jogo, que inclusive estava nos minutos finais quando decidi escrever a coluna.

Ouvi quase todo o primeiro tempo pelo rádio. A quantidade de vezes em que ouvi o nome do Jéfferson gritado pelo locutor, demonstrava que a coisa ia ser feia. Sensação confirmada ao chegar em casa e ouvir do meu pai: "era melhor não estar vendo nada".

Cheguei a tempo de assistir o primeiro gol do Coritiba. Uma falha absurda da nossa zaga. Aliás, qualquer um que assista os gols do Coritiba, vai achar que tinha alguma coisa combinada. Todos os gols entregues por nossos jogadores. Inclusive o pênalti - se foi ou não é outra discussão - quando o Jeff foi lá quase fora da área pegar uma bola depois da zaga parar.

De forma geral, o principal fator pra vitória adversária foi que o Coritiba realmente jogou muito bem. Bem distribuído em campo, marcando forte, arriscando chutes de fora da área e com muita disposição. Esse foi o grande diferencial do jogo, contrastando com o nosso Botafogo. Acreditando que nossa escalação foi errada. O Everton joga muito aberto e não corta pra dentro nas jogadas ofensivas como faz o Maicosuel. Esse posicionamento deixou nosso meio aberto, o que facilitou muito a vida do Coritiba. Ofensivamente, também não funcionou. O Botafogo tornou a ser aquele time que tem os jogadores distantes uns dos outros e sem pressão, sem força. Como foi em boa parte da era Caio Júnior.

Um outro fator que me chamou a atenção foi a quantidade de faltas que o Coritiba cometeu. Não foram faltas violentas e nem sei se foram mais faltas cometidas do que o próprio Botafogo, mas foram faltas estratégicas. Em várias saídas, quando um jogador cruzava a linha do meio de campo, fatalmente era trombado. Falta de jogo, mas que vai minando a resistência e evitando jogadas ofensivas do adversário.
Aliás, vale lembrar, esse era o método utilizado pelo Edílson Pereira de Carvalho em 2005, no esquema de manipulação de resultados. Matar jogadas com faltas bobas marcadas, que chamariam menos atenção do que um pênalti, por exemplo. Não estou querendo dizer que o árbitro tenha nos roubado, mas pelo menos foi ingênuo ao não perceber que os caras mataram o jogo o tempo todo.

A apatia do Botafogo no segundo tempo, também foi algo inacreditável. Principalmente após o segundo gol. Não sei bem o motivo, mas a verdade é que o time parecia bem devagar, quase anestesiado em campo. Igualmente apático estava nosso querido Caio Júnior, que já deveria ter mudado o time no intervalo, mas esperou uma eternidade para fazer alguma coisa. As alterações também não funcionaram. Algumas sem sentido, como a entrada do Cidinho e Alex. No caso do Felipe Menezes, acho realmente que ele deveria ter entrado, mas era a primeira alteração no lugar do Everton, pra fehcar e segurar um pouco mais a bola no meio. Acabou que quando entrou, errou tudo que tentou, mas a essa altura o time já era goleado estava todo torto, já que Cidinho entou no lugar do Everton e ele (Felipe) no lugar do M.Mattos. Realmente a atuação foi um desastre completo.

Vamos aguardar o que vem por aí. Próximo desafio é contra o Fla e temos que vencer pra apagar esse resultado ridículo e nos evitarmos a aproximação dos adversários, inclusive do próprio Fla.

Vamos em frente. Nos vemos no Stadium Rio.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tá ficando bonito!


Ontem a noite foi nossa. Na ida pro Stadium Rio, nome chique que batizou o Engenhão, ia comentando sobre os resultados dos adversários diretos na luta pea ponta da tabela. Corinthians e Vasco venceram Grêmio e Ceará, respectivamente. Péssimos resultados para o Fogão.
Porém, mal começaram os jogos da "madrugada", e a parada começou a virar a nosso favor.
Menos de 5 minutos de jogo e Herrera meteu o primeiro. Gustavo e Maicossuel ampliaram e colocamos 3 pra cima do Palmeiras. Enquanto o Flu vencia o São Paulo e o Avaí aprontava pra cima do Fla.
Vencer ontem foi a prova de que a fase realmente é muito boa. Contra um adversário direto e bem mais fraco em função dos desfalques, era um prato cheio pro Botafogo dar uma entregada. Bastam lembrar o empate contra Atlético-GO em casa e a derrota pro Atlético-PR.

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Rodada ótima pra nós e valem alguns registros importantes:

Vencemos com autoridade, sem dar chance ao adversário. Com atitude de quem quer vencer e jogando sério.

O time está com preparo físico muito bom e está unindo isso a vontade de vencer. Durante o jogo todo o time não deixou de correr e brigar por cada bola. Vale lembra que no gol do Maicosuel, o Elkeson (mais uma vez) saiu atrás do palmeirense, ganhou na corrida e na trombada e meteu o lançamento.

Não entendi o Loco, principalmente no primeiro tempo, jogando muito fora da área. Ele é inteligente e tem bom passe. Que faça isso eventualmente não é ruim, mas não pode virar um novo estilo de jogo pra ele.

Renato jogando um absurdo! Cabeça erguida, sem ser espalhafatoso, distribui o jogo, defente, apóia... um monstro.

Justiça seja feita ao Caio Júnior, que eu tanto critico, o time realmente parece ter acertado. Só continua viajando nas substituições, apesar de eu concordar que é importante os reservas entrarem pra pegarem ritmo e se sentirem participantes.

Deveríamos ter vencido por mais gols. Nem criamos tantas chances, mas dominamos amplamente a partida. Seria bom pra dar mais moral, aumentar o saldo e impor mais respeito aos concorrentes. Sem contar que levar aquele gol no finalzinho é a cara do Botafogo. Lastimável.

O Palmeiras estava desfalcado de Marcos, Kleber, Valdívia, Luan e Maikon Leite. Podem não formar nenhum esquadrão, mas são jogadores que seriam titulares na maioria das equipes da Primeirona. É bom mantermos o pé no chão.

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Semana que vem pegaremos o Ceará em casa depois da folga forçada por conta do adiamenteo do jogo contra o Santos.

Acho uma palhaçada esse papo de adiamento, principalmente pelo fato de que foi feito de forma irregular, tendoo em vista que o prazo para esse tipo de mudança é de 10 dias, e não de 5 ou 6 como foi feito.

Apesar de não concordar, acho que pode ser bom para o Botafogo, poir provavelmente perderemos temporariamente a terceira colocação, já que todos os outros times jogarão e alguns devem pontuar. O ponto positivo disso é entrarmos em campo contra o Ceará precisando vencer, para evitar que haja grande diferença na pontuação, mesmo considerando o fato de ainda termos uma partida a jogar.

Aliás, acredito que ainda não seja o momento de tomar a ponta da tabela. Não que eu não queria, mas a partir desse momento, você fica muito visado. Todo mundo corre mais pra vencer, pois ganha moral ao derrotar o líder.

A boa é se manter ali entre o terceiro e o quinto, como a gente vem fazendo, e ficar esperto pra dar o fatality nas últimas rodadas.

Pra encerrar tenho que convocar a torcida a lotar o Stadium Rio no dia 7. O jogo é num feriado às 16h. Pretendo continuar minha série de vitórias lá na Engenhoca. Vem com a gente!