domingo, 28 de agosto de 2011

A vitória contra o Flu

Gostaria de falar sobre o jogo, mas antes vou falar do estádio.

Como falei, iniciei ontem uma tentativa de acompanhar todos os jogos do Fogão no Engenhão. Mal comecei, já tive vontade de desistir.
Fui com meu primo botafoguense e um amigo tricolor. Como já sabia que não havia espaço neutro, combinamos de ficar na arquibancada superior do Botafogo longe do tumulto, pra gente poder conversar sem transtornos.

Infelizmente era inviável comprar ingresso pro nosso setor. Primeiro, a informação errada de que o setor Norte (atrás do gol) estava esgotado. Depois, uma fila gigante, faltando meia-hora pro início da peleja, acabava com qualquer tentativa de compra para os outros setores alvinegros. A solução foi encarar a arquibancada tricolor, o que até foi bom, pois estava bem vazia e conseguimos curtir o jogo numa boa.

Evidentemente quero estar no meio da galera, mas a ocasião era especial e valia a companhia ao amigo tricolor.

Compramos o ingresso no esquema de meia-entrada, apesar de não sermos estudantes. É prática comum que os organizadores de eventos cobrem o dobro do valor devido por um ingresso, imaginando que praticamente todos utilizarão algum tipo de documento pra justificar a compra do ingresso pela "metade" do valor.

Enfim, após nos venderem a meia-entrada, nos cobraram o documento na entrada do estádio. Resultado, tivemos que pagar a diferença.

Até aí, tudo bem. Sou contra realmente me aproveitar de uma situação indevidamente. Mas se de fato vão fazer cumprir a lei, que seja cobrado também o valor correto. Afinal de contas, o sistema funciona com os estabelecimentos fingindo que vendem meia e a gente fingindo que compra. No final, só o consumidor  perde. Quem compra inteira, perde porque está pagando o dobro. Quem paga meia, perde pois está pagando inteira. E os organizadores se dão bem, pois na pior das hipóteses, vendem inteira, dobrado e nunca a meia.

Gastei 70 pratas pra assistir um jogo de futebol. Cerca de 10 de metrô/trem + 50 de ingresso + 10 de água/refri. Isso considerando que eu não comi nada, nem bebo uma cerveja. Imagina ainda se eu tivesse filhos. Ou seja, é inviável acompanhar futebol no Brasil.

Vou tentar ir nos próximos e já vou mexer meus pauzinhos pra descolar uns ingressos di grátis.

Só mais uma observação pra fechar esse assunto. Apesar de pagar 50 pratas num ingresso, a água nos banheiros foi cortada minutos após o encerramento da partida. Vergonhoso.

Falando do jogo, não vou me alongar. Botafogo foi melhor o tempo todo. Apenas nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, o Flu deu uma apertada. Achei que a zaga deu uns vacilos, principalmente nesses momentos do Flu.

Já no primeiro tempo, Elkeson já era o melhor do time e Maicosuel aparecia muito bem. Muita dedicação, velocidade, voltando pra marcar. Se não é o brilhante Mago que a gente imagina que ele tenha sido um dia - e que eu discordo que tenha - pelo menos parece se sentir seguro e sente menos pressão, já que Loco, Elkeson, Renato e outros começam a ganhar peso dentro do time.

No segundo tempo, o gol do Flu mostrou mais um vacilo da nossa zaga. O empate relâmpago foi fundamental pro astral do time.

A comemoração do Elkeson depois do golaço de empate, mostra o espírito do time. A gente só estava empatando o jogo e ele comemorou como se fosse gol do título. Esse é o astral que faltava ao Botafogo nos últimos anos, e parece estar voltando.

Com o empate, pra mim era claro que se houvesse um vencedor, ele vestiria preto e branco. E assim foi num contragolpe fenomenal com arrancada de Loco da nossa área até o último momento possível para o passe preciso para o Lucas. Gol do Fogão.

Depois disso, mais inúmeras chances de gol desperdiçadas, que não devem ser. Não gostei da entrada do F. Menezes. Lento como de costume, mas errando passes simples.

No final, a certeza de que o time realmente encaixou. Acredito que nossa posição hoje é justa e estratégica, pois estamos na briga sem chamar atenção como nossos adversários. E o melhor é que não vi de nenhuma outra equipe, atuações tão boas como vi algumas do Botafogo.

Durante a semana tem o Palmeiras. Vamos pra cima. Quem vai?

sábado, 27 de agosto de 2011

Quando a fase é boa...

Caramba, foram 15 dias sem deixar aqui nenhum comentário sobre nosso glorioso esquadrão que vem se mantendo na briga pelas primeiras posições.

Muito trabalho não é desculpa para essa ausência, afinal a madrugada existe pra isso. Mas a verdade é que mesmo ela, a madrugada, vem sendo preenchida por afazeres profissionais e fisiológicos.

Apesar de não escrever, venho acompanhando os jogos e todas informações que cercam o Botafogo e confesso que Caio Júnior, apesar das suas maluquices, finalmente parece ter conseguido dar uma carinha ao time.

As últimas apresentações foram bem razoáveis e mais regulares. Os reservas começam a ajudar, já que encontram um time certinho quando entram. Felipe Menezes e Alex merecem destaque, enquanto Alexandre Oliveira continua completamente perdido, mas talvez com mais condição física possa também ajudar.

Costumo repetir a tese de que futebol, como tudo na vida, é fase. E quando a fase é boa, tudo funciona. Foi assim na nossa última apresentação. Não pretendo me alongar nos comentários, mas vale destacar que o time entrou completamente desinteressado contra o Atlético-MG, que se colocou bem em campo. Porém, como a fase um é boa, e a fase de outro é péssima, apesar das inúmeras chances desperdiçadas, o Botafogo arrumou uma falta fora da área que virou pênalti na visão do árbitro. Herrera na bola, bola no gol. Botafogo, no último lance do primeiro tempo, abriu o placar e assim ficou até o final do jogo.

Engraçado que cheguei em casa com o jogo rolando. Já iam 25 minutos do primeiro tempo e meu pai disse que só dava Atlético-MG. Sentei pra ver o jogo e uns 10 minutos depois tive que concordar com meu pai, mas lancei a seguinte profecia: "Pior que é bem capaz do Botafogo arrumar um gol numa jogada maluca e ganhar. Se isso acontecer, é pq a fase realmente é boa."

Não preciso dizer mais nada, né? Parece que os ventos estão soprando a nosso favor.

Nesse clima, iniciou hoje minha série de vitórias no Engenhão. Ainda não consegui ir ao estádio no Brasileiro nem SulAmericana, mas pretendo ir a todos, até o final dos campeonatos para levantar as taças.

Aliás, a minha estreia hoje contra o Flu pode ser um símbolo, já que o mesmo confronto encerra o campeonato. Quem sabe?

Também assumo aqui um compromisso. Se o Botafogo for a final da SulAmericana, irei assistir o jogo fora. Quem quiser que me acompanhe.

Em outras épocas, diria que o Botafogo teria tudo pra entregar essa vitória, que parece fácil. Mas como já disse, a fase é boa.

Se alguém for ao jogo, manda um alô no Twitter (@ClaudioMacedo).

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pra não passar em branco...

#Botafogo107anos foi a hastag que bombou hoje no twitter, chegando a lista das mais citadas em todo o mundo. A torcida do Botafogo mostrou sua força? Pra muitos sim, mas eu devo discordar.

Um time das tradições alvinegras e que ocupa lugar entre os que brigam pelo título, não pode ter uma média de público tão baixa quanto a que temos atualmente e, aliás, vem tornando-se comum.

Desculpas como a campanha irregular, insegurança no time/técnico, distância do Engenhão e comodidade do PPV não colam. Inclusive, sobre o Engenhão, prometo concluir o Enigma, em breve.

Eu mesmo me incluo nesse enorme grupo de torcedores que não comparece ao estádio faz tempo. Esse ano não fui e isso é ridículo. A partir de agora irei a todos os jogos e quem quiser que me acompanhe.

Nesse aniversário do futebol botafoguense, fica esse apelo a nossa torcida para que compareça e leve um astral mais positivo pro nosso time que, principalmente quando joga em casa, é muito irregular.

Fugindo a esse assunto rapidamente, e pra também não deixar passar, farei breves comentários sobre a nossa estreia contra o Atlético-MG pela SulAmericana.

Pra começo de conversa, essa vitória não me engana. Valeu a vantagem? Claro que valeu. Mas o Atlético é muito freguês e vem péssimo das pernas. Um sintoma que não é uma questão só de futebol, mas também psicológica e de relacionamento, foi a discussão do goleiro com o outro jogador do próprio time. Vencer o Atlético era obrigação.

Não vi o primeiro tempo e, naturalmente, peguei só a parte ruim. Depois vi o VT. O time foi razoável no primeiro tempo e péssimo no segundo. Não conseguimos encaixar nenhuma jogada e, pra variar, não entendi as substituições do Caio Júnior, que colocou o Alexandre Oliveira e já trouxe o Lucas Zen de novo pro jogo.

Aliás, o pobre do garoto não é ruim. Mas a paixão do Caio Júnior por ele, me fez criar implicância. Podem anotar que até o final do campeonato ele vai inventar uma vaga pra ele nesse time titular.

Enfim, dei só uma resumida, pois o jogo já passou e agora vamos voltar ao Brasileirão.

Avante esquadrão alvinegro!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Botafogo é um time muito louco (com e sem trocadilho)

Tudo bem que desde o final do jogo de ontem entre Botafogo e Vasco que toda a imprensa não parou de fazer piadinhas com o nome do Loco, mas mesmo assim eu não pude evitar.

A questão é que o Botafogo realmente é um time muito difícil de ser compreendido. Talvez esse seja o motivo da paixão de tantos alvinegros por um clube que te faz sofrer tanto.

Como pode um time ter atuações tão distintas num espaço de tempo tão curto? Como pode uma equipe jogar em alto nível contra grandes adversários e perder pontos jogando mal contra menores? Loucura ou coisa de Loco?

Falar do jogo de ontem é reconhecer que o Botafogo jogou muito bem. Jogou bem como há muito tempo ninguém via. Atuação assim, eu só vou buscar na memória com o Cuca no comando - não estou fazendo campanha por ele! - lá por 2007. Sob a batuta de Caio Júnior, a única patida próxima foi a vitória contra o São Paulo, nesse mesmo Brasileirão 2011.

A diferença entre a vitória contra o São Paulo e o triunfo sobre o Vasco, foi justamente o adversário. O Vasco jogou bem o primeiro tempo. Mostrou que realmente é uma equipe bem armada e que seus jogadores sabem o que deve ser feito. Inclusive, fizeram uma das jogadas mais bonita do nosso futebol nesse ano, se não foi a mais bonita.

Faltou ao Vasco ontem, justamente chutar a gol. Jogaram bem e chegaram a envolver o Botafogo, mas na hora de morder, não chegavam. Faltou força ofensiva e presença de área... ainda bem.

O Botafogo que não tinha nada com isso, foi pra cima desde o início. Mas dessa vez, ao contrário de outras, mostrava consistência e um equilíbrio que realmente me surpreendeu e acho que também ao Vasco. De certa forma, achei que os caras entraram numa onda de que o jogo não seria tão difícil.

Comentar atuações quando o time se apresenta tão bem, é um pouco difícil. O time todo jogou bem, se completou. Vamos ressaltar os pontos positivos com algumas observações:

Caio Júnior
Finalmente testoou o Lucas começando o jogo num time acertado. Achei o banco de reservas mal pensado pois a gente só tinha Cidinho e Alex como opções ofensivas.
Confesso que a entrada do Lucas Zen me irritou um pouco. Ele insiste com o garoto que não mostrou, na minha opinião, nada de especial para merecer tanta atenção.

Lucas
Foi bem apoiando o ataque. Sempre com disposição e partindo pra cima. Falta chegar a linha de fundo.

Cortês
O dono do jogo. Impecável.

Renato
Mostrou que pode ser útil ao time. Organizou o meio e chegou bem no ataque.

Elkesson
Não apareceu muito, mas talvez pelo fato de ontem o time não depender tanto dele. Pode dividir a responsa. O passe de cabeça pro Loco no terceiro gol foi inteligente e nada vaidoso.

Felipe Menezes
Muita gente disse que foi lento e não apareceu. Mas acho que de certa forma ajudou a dar equilíbrio ao meio. Atuou bem defensivamente e subiu também. Começa a pintar como opção.

Herrera
Não é craque e sequer um ótimo jogador, mas a dupla com o Loco funciona. Perdeu um gol feito, quando sobrou pro Loco meter o segundo e foi premiado com o quarto.

Loco
Mostrou a importância de um matador e é impressiona a forma como contagia o time. Não podia ter perdido a bola na trave. São 3 jogos e 3 gols.

Ontem achei que o time aproximou. Os jogadores participaram, se apresentaram pro companheiro. Subimos pela direita com Lucas, Renato e Herrera. Subimos pela esquerda com Cortês, Elkesson e Felipe Menezes. Tivemos presença na área com a entrada de outros jogadores, além do Loco... enfim, fizemos tudo que venho falando. Acho que eu poderia ser técnico!'AUhUHAuHAUH

A verdade é que se o Caio Júnior conseguir imprimir esse padrão nos próximos jogos, seremos muito felizes. O problema é que acho que ele sempre quer ivnertar alguma coisa a mais. No caso de ontem foi a entrada do Lucas Zen.

Essa vitória não significa que tudo está bem pro nosso lado, mas depois de tanto perrengue acho que vale curtir um pouco a vitória.

No meio da semana temos o Atlético-MG pela Sulamericana. Caminho curto pra Libertadores e um título internacional, o que aliás quase não temos quando assunto são competições oficiais. Se não me engano, a única válida e a famosa Copa Conmebol de 1993.


SOBRE O RESTO

E o Cortês que casou no Habib's? Figuraça e craque do jogo.

Muito legal a homenagem ao Zagallo. Aliás, a diretoria tá de parabéns nesse sentido. Foi realmente emocionante ver o cara ali, aos seus 80 anos, já bem debilitado e carregando a história do nosso futebol.

Gosto do Joel, mas não tem jeito. Não emplaca fora do Rio.

Cuca no Atlético-MG. Não sinto firmeza.

A vitória do Fla contra o Santos, apesar do peixe não ganhar de quase ninguém, deu uma moral absurda pro time. Os caras embalaram e vão surfar ainda uma boa onda. Resta saber até quando.

Já passamos 1/3 do campeonato e estamos na sexta posição. Poderíamos estar melhor, mas ao mesmo tempo estamos no lucro, tendo em vista que empatamos em casa com Atlético-GO e perdemos pros lanternas Atlético-PR e Figueirense.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A nova camisa

E já apareceram as primeiras fotos das novas camisas do Botafogo, que serão oficialmente lançadas no domingo contra o Vasco.

Botafoguense que sou, não posso deixar de me recordar da última camisa "lançada" num clássico contra o Vasco. Tomamos de 6 no Engenhão! Mas como tudo tem um lado positivo, mudamos de técnico e embalamos, finalmente, com o título carioca. Ou seja, pra bom entendedor...

Antes de falar da camisa eu queria entender por que a camisa da temporada 2011 é lançada em agosto. Se formos pensar, essa é a camisa 2012, pois vai jogar mais tempo no ano que vem do que no atual. Se alguém souber me explicar, eu agradeceria.

Mas então... as camisas são sensacionais? Não. Poucas mudanças. E na verdade, acho que tem que ser assim mesmo. Toda vez que tentaram inventar moda, fizeram algo tenebroso. Melhor seguir com o tradicional.

No entanto, acho que poderíamos sempre ter um terceiro uniforme diferente. Que fuja completamente as tradições, e permita inovações.

Na Europa é bem comum que os times tenham um dos uniformes completamente diferente dos tradicionais, inclusive no que diz respeito as cores. Acho que seria algo legal para "importarmos".

O Fluminense, por exemplo, terá seu terceiro uniforme todo em grená com os detalhes em dourado. É lógico que "grená com detalhes dourados" é o máximo da frescurite, mas aí tenho que tirar o chapéu para a Adidas, que desenvolveu algo tomante adequado a torcida, né? Brincadeiras a parte, ficou bem legal.

Retornando ao Botafogo, uma poutra grande polêmica é a questão dos patrocinadores, que "carregam"muito e poluem a nossa vestimenta alvinegra.

Que precisamos de patrocínio, que a grana é importante, isso todo mundo sabe. E infelizmente os gênios do marketing, tanto do clube como das empresas patrocinadoras, não conseguem entender que seria muito mais simpático, adequado e que geraria uma relação muito maior com a torcida, se não interferissem tanto na camisa.

A falta de inteligência e criatividade faz com que a solução seja cada vez mais aumentar as marcas. "Aumenta! Aumenta!" gritam os gerentes e demais cargos relacionados ao marketing das empresas. E olha que fazem uns 37 MBA's e cursos mais.

A nossa camisa ficou ruim. Essa é a verdade. As marcas enormes, com muitas cores. Não fica harmonioso e acho ruim pra todo mundo.

Não vou nem entrar no mérito de quem é o patrocinador. Muita gente critica o Guaraviton, e eu também acho que como marca, deprecia o Botafogo. Mas a questão visual, de qualquer forma, é bem ruim. Faça um exercício e imagina a camisa sem a logo do Guaraviton. Já fica bem melhor...

Não é possível que não haja outras possibilidades de negócio além de colocar essas marcas todas enormes, brigando entre si e criando uma confusão visual dos diabos. Como eu disse, acaba sendo ruim pra todos, que tem suas marcas num "ambiente" poluído, sem contar o marketing negativo com a própria torcida.

Porém, há uma luz no fim do túnel. Recebi hoje no twitter uma dica do Coletivo Alvinegro mostrando um caso na Argentina muito interessante. O Banco Hipotecario patrocinador do Racing, simplesmente optou por não estampar sua marca na camisa. Confira o post do Pele 2 falando sobre o assunto.

Em tempo, a ação da carreta para o lançamento do uniforme foi uma ideia bem legal e acho que a equipe do Botafogo realmente tem buscado se diferenciar num mercado tão sem graça e ao mesmo tempo tão cheio de oportunidades, como é o futebol.

Pra fechar, aí vão os nossos modelos de camisa. Seja o que Deus quiser...




quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Um time previsível

Como já falei, não assisti a vitória do Botafogo contra o Cruzeiro, por isso não pude fazer muitos comentários. Mas a derrota contra o Figueirense sim. Essa eu assisti. 

O juiz errou ao marcar o pênatli? Na minha opinião sim, mas isso é um pequeno detalhe. Acima de todos temos que avaliar os nossos erros.

Definitivamente não entendo o trabalho do Caio Júnior. Desde a vitória contra o Cruzeiro que foi celebrado o fato de podermos escalar o mesmo time pela segunda partida consecutiva. A chamada "equipe ideal” finalmente poderia fazer uma sequência de jogos e, para os mais animados, de vitórias. Esse tipo de coisa é pura espuma, ou seja, não faz sentido algum e só serve pra iludir a torcida.

O fato é que após meses de treinamentos e jogos, incluindo o período de um mês após as eliminações no Estadual e Copa do Brasil, o Botafogo continua sem padrão de jogo. A verdade é que temos uma equipe extremamente previsível e fácil de marcar. Seja qual for a escalação.

Pra piorar, não temos no banco nenhum jogador capaz de entrar e mudar o panorama de uma partida. Aquele clássico jogador de segundo tempo que entra e incendeia o time e contagia a torcida. O Caio foi uma vaga imagem desse tipo de jogado durante o Carioca-2010, mas muito longe de ser uma realidade.

O Botafogo teve muito mais posse de bola hoje mas foi incapaz de sequer incomodar o goleiro adversário, cujo nome eu nem sei, já que o locutor não teve a oportunidade de citar.

O único lance de perigo foi um chute do Felipe Menezes aos 46 do segundo tempo, se não me engano, quando obrigou o goleiro a fazer uma defesa. De resto, não fizemos nada.

O Botafogo é um time que só toca de lado, cruza mal para a área e continua sem força ofensiva. Loco Abreu fica sozinho dentro da área contra 4 ou 5 zagueiros. É pegar o VT do jogo e conferir.

Tomamos gol numa falha do Jefferson. Acontece. Vamos pro jogo, vamos pra cima, vamos virar… Nada acontece. Continua o mesmo joguinho de bola prum lado, bola pro outro.

Na volta do intervalo, perdendo por 2 gols, nosso treinador veio com uma tremenda mudança. Tirou um lateral e colocou outro. UAU!!! O adversário deve ter tremido com essa alteração.

Que o Alessandro é fraco, todo mundo sabe. Só nosso treinador acha que não. Parece até que ele faz de propósito. Coloca o Lucas na maior fogueira do universo, como se ele fosse a grande solução ofensiva e com uma chance enorme de tomar contra-ataque nas costas. Parece que é pra queimar o jogador e dizer depois: “colocamos o Lucas, não funcionou e ainda ficamos expostos”.

Numa boa, se eu sou o jogador, chego junto e dou um papo no técnico depois do jogo.

E então entrou o Lucas, mostrou disposição, foi mais ao ataque, mas era óbvio que não faria efeito algum. E foi isso mesmo.

Herrera, muito apagado, conseguiu arrumar uma expulsão do zagueiro do Figueira. Eu, você e todo o resto do mundo pensou que nosso bravo comandante tiraria um volante – Marcelo Matos ou Renato - e meteria um atacante ou meia ofensivo. Imediatamente ele chama o Alexandre Oliveira e... tira o Herrera!

Então me explica o raciocínio. Seu time está perdendo um jogo, você fica com um homem a mais, e você troca um atacante por outro? Já não bastava trocar um lateral por outro? Como eu disse, não consigo entender.

Lá vamos nós com o inoperante Alexandre Oliveira, que já deixou claro que não joga nada…

Pouco depois, a terceira e última substituição. Sai Marcelo Matos e entra Felipe Menezes. Essa fez sentido. Concordo. Mas acho que foi muito tarde e, para nosso azar, o Felipe Menezes tem se mostrado tão ruim quanto o Alexandre Oliveira.

O resumo da ópera é o seguinte:

- Maicosuel não é o craque que a torcida e diretoria inventaram que é. Bom jogador que teve excelente momento jogando contra os pequenos do Rio.

- Caio Júnior é fraco e confuso.

- Alessandro tem uma Mãe de Santo poderosa. Não perde a vaga por nada e vai continuar lá.

- As contratações ainda não surtiram efeito e nem sei se surtirão. Jogadores medianos e desconhecidos. Apenas apostas.

- Não temos jogadores no banco capazes de mudar o panorama de uma partida.

- Renato não é o 8 de ouro. A ação de marketing é válida e a imprensa comprou legal a ideia. Mas é importante que todos saibam que Renato é mais um volante que joga bem num bom time, mas não arruma a meiúca de nenhum time em formação.

Podemos ser campeões. Acredito mesmo. Mas a realidade ta aí pra gente bater de frente.

Domingo tem o Vasco e já vi gente torcendo pra perdermos de goleada. Não sou a favor, mas se isso significar a saída do Caio Júnior, fico menos chateado.


SOBRE O RESTO

Cruzeiro perdeu pro Fla em casa. Sinal de que não fizemos grande coisa no sábado passado.

Vasco ganhou do Santos, Atlético-PR também. Sinal de que a virada do Fla não foi tão difícil assim.

Figueirense venceu depois de 6 rodadas. Mais um time que o Botafogo dá uma força. Aliás, não é de hoje.

Avaí meteu 3 no Ceará lá na casa dos caras. A vitória sobre o Corinthians deu moral pra eles.

Outro dia mando a segunda parte do Enigma do Engenhão. Não esqueci.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O enigma do Engenhão - Parte 1

Rola um barato muito doido envolvendo o Engenhão... Um dos estádios mais modernos das Américas simplesmente não consegue virar. Não acontece.
Desde que foi construído, já casou polêmica por conta da localização. As obras para melhorar o acesso e os planos para realocar os moradores não aconteceram como deveriam e aí encravamos uma arena realmente muito bonita e moderna no meio de um tumulto danado.

Aliás, é o estádio com mais nomes que eu conheço. Estádio Olímpico João Havelange, Engenhão e Stadium Rio. Muito nome pra pouco torcedor...

Mas voltando... pouco depois do Pan o Botafogo passou a ser o controlador do Engenhão. Imediantamente começou uma espécie de campanha para diminuir o estádio, muito incentivada por parte da imprensa.

Pra completar, lembro de uma partida entre Botafogo e Flamengo, que tentamos disputar no Engenhão. Seria o primeiro clássico entre os dois clubes, mas a PM simplesmente vetou por falta de segurança. O jogo foi no Maraca.

Quer dizer que a prefeitura torra uma nota pra construir um estádio super moderno, que recebe jogos do PanAmericano, vai receber Olimpíadas, mas não pode receber um Botafogo e Flamengo? O mesmo estádio que foi inaugurado por um Botafogo e Fluminense com casa lotada e que havia recebido Botafogo e Vasco.

Engraçado que já tivemos campeonatos disputados somente com jogos em São Januário. Meu amigo, pense comigo. Você nem precisa ter ido a São Januário para concluir que se o Engenhão não tem segurança para o clássico, a casa do Vasco seria uma espécie de bomba atômica nessas circunstâncias.

Mas enfim, contanto com a colaboração da imprensa e da Polícia Militar, o Engenhão continuou recebendo jogos e pouco tempo depois até mesmo o clássico Botafogo e Flamengo. Até porque era apenas uma questão de tempo, já que com a reformulação do Maracanã, não teria outra solução mesmo. E como um passe de mágina o João Havelange passou a ter condição de receber todo e qualquer jogo...

A verdade é que todo esse clima, esse mimimi de que o estádio tem acesso ruim, não tem segurança e tudo mais, foi afastando o torcedor, que se convenceu que era melhor realmente ficar em casa.

Além disso, vamos raciocinar juntos. Quando o Maraca foi inaugurado, eu não era nascido, mas certamente era uma dificuldade para chegar ao estádio,s e você estivesse na Zona Sul. Mas a questão é que era a única opção para os grandes jogos. Ou você ia, ou você ia.

O Maracanã conta com 60 anos de hábito do torcedor. As comparações ridículas que fazem entre os dois é absolutamente sem sentido.

Sem contar que hoje você tem emissoras de rádio AM e FM que sintonizam em inúmeros tipos de receptores. Seja o tradicional radinho ou qualquer aparelho se celular. Inclusive, os celulares já recebem sinal de TV, pra quem quer ver o jogo enquanto pega uma praia. E o que dizer da internet com transmissão de jogos e os PPVs que você contrata em casa ou, melhor ainda, assiste no bar tomando uma cerveja (vetada nos estádios) com a galera e comendo um petisco.

Pra quem vai assistir o jogo no nosso Stadium Rio. Ainda tem o fato do ser um formato diferente de arquibancada, que não estamos acostumados. A sensação não é de aconchego, mas de distanciamento.

Por essa e por outras é que nosso estádio (agora eu falo com os Botafoguenses) não pegou e arrisco a dizer que dificlmente pegará. Talvez em muitos anos a gente consiga criar o hábito.

No próximo post vou comentar sobre as declarações de Thiago Neves (Fla) e Marquinho (Flu).